O dia dos namorados, na minha humilde opinião, presta serviço aos contrários.
Se é um dia que “pode” fazer alguma diferença para quem namora, tem muito mais efeito para quem não o faz.
Veja.
Quem namora tem a obrigação institucional de comemorar o dia dos namorados. Dane-se se um dos dois (sejamos sinceros: o homem) não estiver com vontade de comemorar coisa que seja no dia. Aliás, uma negativa ou um mero desinteresse de comemora-lo é motivo para uma briga. Poético, um dia do namorado terminando com dois solteiros.
Já quem não namora, esse é o provável felizardo. Também tem uma obrigação: a de se divertir muito em alguma balada (veja bem, qualquer balada, de livre e unicamente sua escolha). Como você eleva isso à potencia de todos os solteiros, e não de um par que pode não compartilhar seu gosto no fatídico dia, é quase certeza que no dia dos namorados você, nobre solteiro(a), entre numa festa só com gente livre, desimpedida (com a ajuda do álcool, também desinibida) e doida pra não lembrar o que é ficar sozinho.
Por isso eu nego a falta de lógica. O dia não é binário (tendendo ao negativo), é múltiplo.
Não fosse o medo da quebra da tradição moral (dos tempos que pra beijar era estar namorando) ou da tradição econômica (porque não se vende presentes para solteiros, raios), o mundo podia se separar da hipocrisia.
Que se institua: 12 de junho, o dia dos solteiros.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
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5 comentários:
Porra, eu não sabia que tinhas um blog !
fazia tempo que eu não passava por aqui porque você andava sumido. eis que hoje entrei no twitter e bang! vi que você tinha escrito. e um monte!
te pus nos meus feeds :)
como bom solteiro, vou seguir as dicas do meu brother
feliz dia dos namorados wolvie, coração peludo.. har har
Taí um bom elemento definidor de escolha de namorado(a): perguntar antes o que ele/ela acha dessa data comemorativa =P
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