sexta-feira, 6 de junho de 2008

12 de junho

O dia dos namorados, na minha humilde opinião, presta serviço aos contrários.
Se é um dia que “pode” fazer alguma diferença para quem namora, tem muito mais efeito para quem não o faz.
Veja.

Quem namora tem a obrigação institucional de comemorar o dia dos namorados. Dane-se se um dos dois (sejamos sinceros: o homem) não estiver com vontade de comemorar coisa que seja no dia. Aliás, uma negativa ou um mero desinteresse de comemora-lo é motivo para uma briga. Poético, um dia do namorado terminando com dois solteiros.

Já quem não namora, esse é o provável felizardo. Também tem uma obrigação: a de se divertir muito em alguma balada (veja bem, qualquer balada, de livre e unicamente sua escolha). Como você eleva isso à potencia de todos os solteiros, e não de um par que pode não compartilhar seu gosto no fatídico dia, é quase certeza que no dia dos namorados você, nobre solteiro(a), entre numa festa só com gente livre, desimpedida (com a ajuda do álcool, também desinibida) e doida pra não lembrar o que é ficar sozinho.

Por isso eu nego a falta de lógica. O dia não é binário (tendendo ao negativo), é múltiplo.
Não fosse o medo da quebra da tradição moral (dos tempos que pra beijar era estar namorando) ou da tradição econômica (porque não se vende presentes para solteiros, raios), o mundo podia se separar da hipocrisia.

Que se institua: 12 de junho, o dia dos solteiros.

5 comentários:

Anônimo disse...

Porra, eu não sabia que tinhas um blog !

Natalia disse...

fazia tempo que eu não passava por aqui porque você andava sumido. eis que hoje entrei no twitter e bang! vi que você tinha escrito. e um monte!

te pus nos meus feeds :)

Tiago Marinho disse...

como bom solteiro, vou seguir as dicas do meu brother

Bueno, Fernando disse...

feliz dia dos namorados wolvie, coração peludo.. har har

Unknown disse...

Taí um bom elemento definidor de escolha de namorado(a): perguntar antes o que ele/ela acha dessa data comemorativa =P